quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

PROJECTO “UMA ESTUFA NO ESPAÇO- AUTO-SUFICIÊNCIA ALIMENTAR NO ESPAÇO”

O nosso Colégio ganhou o projecto coordenado pelo Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva e pelo Centro Ciência Viva de Sintra, intitulado “Uma Estufa no Espaço - Auto-Suficiência Alimentar no Espaço”

No dia 17 de Fevereiro, os alunos vencedores vão participar num evento, no qual irão receber o prémio (uma estufa criada pela Agência Espacial Europeia (ESA), para desenvolver uma experiência durante 10 a 15 semanas) e participar na videoconferência com o astronauta Paolo Nespoli.

Vamos ainda acompanhar o astronauta numa experiência (semelhante à desenvolvida pelos alunos) na Estação Espacial Internacional (ISS), onde irá cultivar plantas e observar o seu ciclo de vida.

PARABÉNS aos alunos participantes!!!

Aqui fica o conto com o qual os alunos participaram no projecto.




Últimas notícias do Congresso “Terrestro-Espacial”

     Numa normalíssima manhã, enquanto tomávamos o pequeno-almoço, vimos na televisão a seguinte notícia:
     - Bom dia, sou a Plantação da Enxada, bem-vindos ao “Planta-Jornal”, na RTP (Representação Total Planetária).
     Notícia de última hora!!! Está a realizar-se um Congresso “Terrestro – Espacial” num satélite com grandes dimensões, que debate a justiça das plantas no Universo.
     Este congresso promovido pela Ciência Viva, pretende encontrar uma solução para as plantas universais sobreviverem no seu habitat natural.
     Infelizmente, não foi possível realizar nenhuma reportagem, pois não deixaram a imprensa presenciar este encontro tão falado, devido à presença da PSP (Polícia da Segurança das Plantas) para prevenir ataques terroristas.
     Todas as espécies de plantas ficaram com curiosidade. Nós, os jornalistas, queríamos partir numa aventura para assistir a esse Congresso.
     Seguidamente, dirigimo-nos à Virgin Galactic para nos transportar até lá. Claro que arranjámos uma desculpa para não dizer que íamos para o Congresso e deixaram-nos num satélite, muito próximo daquele onde se realizava o Congresso.
     Nem imaginam! Pagámos uma fortuna!! Mas valeu a pena, como verão a seguir.
     Quando chegámos, surgiu um problema. Como iríamos nós para o satélite onde se realizava o Congresso?
     Pusemo-nos a pensar, porque ainda era uma distância considerável desde o satélite onde nos encontrávamos, (que era o PoSAT, onde se realizavam experiências), até ao satélite do Congresso.
     Pensámos, pensámos, e, de repente, surge uma planta perdida e pergunta se era naquele satélite que se realizava o Congresso. Nós dissemos que não. Pediu se a levávamos, no nosso vaivém. Concordámos, mas exigimos uma condição: levávamo-la até lá, se ela nos levasse também. Ela aceitou, pois não tinha outra alternativa. Veio mesmo a calhar, foi mesmo na hora certa.
     Indicámos-lhe o caminho, e, ao aproximarmo-nos do dito satélite, chegaram os guardas da PSP. Mas, não houve problemas, porque a planta que conduzia a nave mostrou a sua identificação, informando era uma planta do espaço, o seu nome científico e as suas características pessoais.
     Quando chegámos, a planta despediu-se e agradeceu-nos a ajuda, separando-se de nós, porque já estava atrasada para a sua comunicação. Nós despedimo-nos e seguimos umas placas para nos dirigirmos à sala onde se discutiam os problemas das plantas do Espaço. Aquilo parecia mesmo a Assembleia da República.
     Chegámos e sentámo-nos muito silenciosa e discretamente (na bancada dos convidados, que estava completamente vazia), para ouvirmos o tema que debatiam. Estava a ser uma autêntica aventura!!
     - Peço permissão para falar Meritíssimo Caulículo – disse a planta do Espaço.
     - Pode falar.
     - Isto é muito urgente! Nós, as plantas do Espaço, mais concretamente as plantas que estou aqui a representar do planeta CSCM, temos dois problemas:
·         O primeiro é não termos muita gravidade, sem a qual nós não conseguimos “enviar” as nossas raízes em busca de nutrientes, ficando assim desorientadas, uma vez que não temos gravidade, que nos dê sentido de orientação.
·          O segundo problema é o facto de estarmos bastante longe de uma estrela, importante fonte luminosa, e como consequência não conseguimos realizar a fotossíntese.
Devido a estes problemas, estamos a ter muitas dificuldades em sobreviver. Queríamos saber se era possível tentar arranjar uma solução. Agradecíamos muito a vossa ajuda, pois quanto mais rápido a solução for encontrada, mais possibilidades as plantas do meu planeta têm de resistir.
     Na sala onde estavam todas as plantas convidadas para o Congresso, fez-se silêncio sepulcral durante algum tempo, e nós decidimos intervir, porque tínhamos uma solução.
     - Nós temos uma solução!!
     Nesse momento, as plantas ficaram todas assustadas a olhar para nós, porque nunca  tinham visto humanos, mas ao mesmo tempo, ficaram curiosos.
     - Digam, digam!! – disse o Meretíssimo Caulículo,   a planta representante das plantas do Espaço.
     Nós dissemos:
     - Para o primeiro problema, o da ausência da gravidade, podem com as características do vosso planeta, criar adaptações, através de alterações genéticas, ou se não for possível, simplesmente, mudar de planeta.
     Como segunda solução, podem utilizar uma estufa da Agência Espacial Europeia(ESA) para reunirem todas as condições para realizarem a fotossíntese.
     Depois disto, todos bateram palmas, especialmente a planta que pediu a solução, agradeceu-nos muito e até nos ofereceu um lanche, cápsulas altamente nutritivas.
     Depois do Congresso ter acabado, nós estávamos exaustos e regressámos na nossa nave para a Terra e demos boleia, até aos respectivos planetas, a algumas plantas, que participaram no Congresso.
     Quando chegámos a casa, apareceu na televisão:
- Notícia de última hora! No Congresso “Terrestro-Espacial” foi encontrada uma solução para as plantas do espaço sobreviverem! Essa descoberta foi realizada por uns jovens que entraram lá secretamente, sem ninguém se aperceber!
     - E assim vos deixamos do “Planta Jornal” com umas inéditas imagens do Congresso.   Até amanhã!”
     Ficámos muito contentes por termos ajudado a resolver um problema gravíssimo. Foi uma aventura fenomenal!  

André Leal, Inês Oliveira, Miguel Carreira e Miguel Ferreira, 9ºD

Um comentário:

  1. Muitos parabéns ao "Planta Jornal". Fico a aguardar por nova reportagem :)

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